Obra m.oral
« Muito muito tempo antes de se por fim aos seus dias atirando-se para dentro de uma máquina de fazer chouriços enquanto cantava a ária final de Madame Butterfly de trás para a frente, a maior diva do Teatro Kabuki de Milão, a soprano Yo-Tampoko Noera, conheceu um homem… »
Alvaro García de Zúñiga, músico de formação, compõe com as palavras como se fossem notas musicais. Em O Corpo do Delito estabelece um tabuleiro de xadrez em que histórias de amor e de crime se cruzam e descruzam em diversos planos : três personagens ao mesmo tempo músicos e actores ; três biografias nas quais se adivinham histórias de personalidades marcantes do século XX. Três línguas que são também três continentes : a Europa, a Ásia e a América.
O Corpo do Delito é portanto uma peça de câmara que fala em francês, espanhol e japonês, como os seus três intérpretes.
O Corpo do Delito, para soprano, saxofone e mulher ciumenta, foi escrita na sequência do convite do saxofonista Daniel Kientzy para o METATRIO - Yumi Nara (soprano), Reina Portuondo (Sonista) e o próprio Daniel Kientzy.
Foi feita uma leitura-concerto desta peça em dezembro de 2004 com o Metatrio : Yumi Nara, Daniel Kientzy e Reina Portuondo, acompanhados por György Kurtág, filho – Festival NOVAMUSICA, Dezembro de 2004
Apresentação da versão radiofónica dia 23 de Abril 2007 em Berlim - por Leopold von Verschuer, Matthias Breitenbach, Alvaro García de Zúñiga e Alínea B. Issilva, na Semana do Teatro Radiofónico, organizada pela Academia das Artes de Berlim, com o apoio do Instituto Alemão de Lisboa.