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Edição actual desde as 12h39min de 8 de Junho de 2014
Queridos amigos,
Alvaro García de Zúñiga
Auteur, adaptateur inadapté, réalisateur, metteur en scène et en ondes
O meu Sol destes últimos 20 anos, deixou-nos na madrugada de dia 23 de Abril, na noite fatídica dos escritores, “entalado entre os seus clássicos”, Cervantes e Shakespeare, como comentava um amigo.
O Alvaro não queria ser velado, queria ser festejado, e é isso que temos de aprender a fazer, festejar o Alvaro como ele festejava gulosamente a vida. É esse o legado que nos deixa.
Esta etapa da sua vida que começa agora com tanta dor e sentimento de perda para todos nós, com tanta saudade da sua alegria contagiante, dos seus gestos, das sua expressões, do incomensurável carinho com que ele acolhia o outro, cada um nós, deve ser também a etapa em que a sua vitalidade, o seu génio, o seu talento, se espalham e crescem “fluindo sem fronteiras como as paisagens na janela de um comboio”.
O Alvaro, seguro da sua obra, queria imensamente ser reconhecido, mas não queria, ou não sabia fazer grande coisa por isso. Hoje ele vive na sua obra e em nós.
Para o nosso bem, cabe-nos saber interpretar.
O seu corpo irá diretamente para o Cemitério dos Olivais, no domingo 27 de Abril, a cerimónia decorrerá no crematório entre as 16:00 e as 17:00.
Segunda 28, às 21:00 no Jardim de Inverno do Teatro Municipal de São Luiz, mantém-se a sessão do ciclo Ler D. Quixote
Um forte abraço
Teresa
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