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Edição actual desde as 08h09min de 9 de Maio de 2012
Batalhas - um documentário de Alvaro García de Zúñiga, produzido por Teresa Albuquerque
Contexto histórico
Durante 60 anos os reis Filipe II, Filipe III e Filipe IV de Espanha (I, II, e III de Portugal) cingiram a Coroa portuguesa em regime de monarquia dual. Enquanto que o primeiro destes reis respeitou as condições acordadas nas Cortes de Tomar em 1581 que auferiam para Portugal uma razoável margem de autonomia, a situação foi-se deteriorando a partir de 1620 durante o reinado de Filipe III (II de Portugal) quando a Espanha, esgotada por prolongados envolvimentos nas guerras europeias, se debatia com enormes dificuldades.
A partir de 1634 com a nomeação da marquesa de Mântua para Governadora de Portugal o jugo castelhano foi-se tornando cada vez mais insuportável. Em 1637 um novo agravamento dos impostos deu origem à revolta popular do “Manuelinho”, que de Évora alastrou para todo o Alentejo e Algarve. Em 1639 uma revolta na Catalunha levou o Governo espanhol a mobilizar os fidalgos portugueses para a guerra. Este facto parece ter sido a gota de água que conduziu um conjunto de nobres portugueses – os conjurados – a conspirar contra a dominação espanhola e a convencer o duque de Bragança, D. João, a aceitar bater-se pelo trono de Portugal.
No dia 1 de dezembro de 1640 dá-se o golpe de estado que destituiu a governação espanhola. Segue-se uma guerra de 28 anos que termina em 1668 com a aceitação por parte de Espanha da Restauração da Independência de Portugal. Neste processo que se inicia com o golpe, se consubstancia nas batalhas, e termina com a independência, a nobreza portuguesa teve um papel fundamental. O reino passou por 4 governações : D. João IV (até 1656), D. Luísa de Gusmão (regente até 1662), D. Afonso VI (até 1667) e D. Pedro II (a partir de 1668).
Reza a tradição que o palácio de Fronteira, na época recentemente construído pelo marquês de Fronteira - um dos nobres intensamente empenhado nas lutas pela Restauração - foi inaugurado com uma merenda a D. Pedro II. A magnífica sala das batalhas não terá deixado de lhe recordar o papel determinante da nobreza na sua nova soberania.