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Revisão das 18h20min de 22 de Setembro de 2013
Macb... e...Th...e Scottish Play
uma produção do Ensemble - sociedade de Atores
Joselito
in “José M. A. Joselito”, de María José García
Foi em conversa com António Feijó que nasceu a ideia de levar ao palco uma versão de Macbeth, perdão, da peça escocesa de Shakespeare baseada num trabalho sobre as superstições teatrais. É uma maneira de matar dois pássaros de uma pedra só.
Todos conhecemos a fama de “peça negra” desta obra. O nosso D. Maria II incendiou-se enquanto era representada. Peter Brook não só não a nomeia nunca, como até nega alguma vez tê-la lido e muda de tema quando alguém fala do assunto.
É que as superstições no teatro são mais que uma tradição: Em França, por exemplo, ninguém se veste de verde ao subir ao palco. Molière morreu vestido dessa cor (e representando o Malade Imaginaire !), mas diz-se que não é por isso... Pareceria ser porque o tipo de pigmento com o qual se obtinha o verde era “venenoso”, tinha qualquer coisa de tóxico. Curiosamente em Espanha a cor a evitar é o amarelo, e em Itália o roxo, vá-se lá saber porquê... Voltando a França: nesse país, não se pode esquecer que quando se sobe ao palco não se devem dizer palavras como “corda” ou “fio” ou nada desse estilo! Diz-se que é porque os maquinistas eram antigos marinheiros e que, no alto mar, não se diz “corda”, ou “fio”, ou nada que se pareça, porque corda é a que se usa para enforcar. E, esteja-se onde se estiver, nunca se come no palco.
A ideia de nos atacarmos a uma encenação “da peça maldita” a partir deste fenómeno foi o resultado de um dia ter perguntado ao António Feijó como avançava a tradução. Brincando, a coisa foi-se imaginando assim, com algumas das coisas que poderiam acontecer nesta versão. Actores vestidos de verde, amarelo e roxo que, claro não se sentem lá muito confortáveis com a situação. Haverá seguramente quem faça questão de “começar com o pé direito”, mas claro, mesmo assim, nada poderá garantir que este ou aquele não se esqueçam o texto... até um principio de incêndio poderia vir a ser possível nesta peça! Por sorte há sempre o bombeiro ((in)voluntário?) de serviço.
As manchas de sangue da coitada da Lady não serão fáceis de tirar. Mesmo recorrendo aos esforços da maquilhadora e da equipa de assistentes. Mais para o fim da peça, o seu marido, no exacto momento em que está prestes a ganhar o duelo final com o Macduff, morre acidentalmente, quando uma árvore da floresta de Dunsinane, quer dizer, da cenografia duma outra peça, cai sobre a sua cabeça. Má sorte. No ardor do combate o coitado do jovem, inexperiente e patético, sem querer, corta uma das “cordas” (já dizia eu que “corda” dá azar!) que segurava o tronco atado às vigas. E terrivelmente confuso, contará que ficou assim desastrado porque está amaldiçoado devido ao facto de a sua mãe ter morrido antes dele nascer, durante o trabalho do parto. Não, se não é bruxedo...
Agora vamos ver se conseguimos fazer tudo isto sem que ninguém se magoe...
13 de Abril (Beckett’s day).
Mais sobre Macb... e...Th...e Scottish Play:
The scottish play e a superstição
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