Maria de Medeiros, actriz e cineasta
Nasceu em Lisboa.
Licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Sorbonne - Paris IV, frequentando a École Nationale Superieure des Arts et Techniques du Théatre e o Conservatoire National d'Art de Paris, onde se formou como actriz.
É com Brigitte Jacques – que a dirigiu em espectáculos como A Morte de Pompeu, de Pierre Corneille ou Elvire Jouvet 40, de Louis Jouvet – que inicia definitivamente a sua carreira de actriz, primeiramente no teatro, depois no cinema, categoria na qual é reconhecida como a mais internacional das actrizes portuguesas.
Iniciou a sua filmografia com a longa-metragem Silvestre de João César Monteiro (1982), tendo consolidado a sua activdiade com duas películas americanas: Henry e June (1990), de Philip Kaufman, onde contracena com Fred Ward e Uma Thurman e Pulp Fiction, de Quentin Tarantino (1994), onde actua ao lado de Bruce Willis, John Travolta e Samuel L. Jackson. Salienta ainda as suas interpretações em A Divina Comédia, de Manoel de Oliveira (1991); Huevos de Oro, de Bigas Lunas (1993); Três Irmãos, de Teresa Villaverde (1994), que lhe valeu os Prémios de Melhor Actriz no Festival de Veneza e Festival de Cancun; Adão e Eva, de Joaquim Leitão (1995) que lhe trouxe um Globo de Ouro na categoria de Melhor Actriz; O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Jr.. Terá feito no total cerca de 50 filmes, contando com curtas metragens.
No ano de 2000 realiza Capitães de Abril, sobre o 25 de Abril de 1974 em Portugal, seleccionado para o Festival de Cannes e premiado no Festival de São Paulo, que contou com a participação de actores como Steffano Accorsi, Joaquim de Almeida ou Luís Miguel Cintra. Assinou outros filmes como Bem-Vindo a São Paulo (2004), Mathilde au Matin (2004), Je t'aime Moi Non Plus (2004), A Morte do Príncipe (1991), Fragmento II (1988) e Sévérine C. (1987).