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+ | Também se trata de um exercício de teatro, como todos os meus textos dramatúrgicos: a personagem que representa William Nadylam – um actor perfeito, como verão dentro de instantes – é um perfeito actor. Um actor – político, ou empresarial sem falhas que, talvez vazio de todo conteúdo, só representa ou se auto-representa, automático e autómata, para poder manter-se vivo. E se possível no poder. Controlando a situação. Por incontrolável que esta seja. | ||
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Edição actual desde as 22h44min de 19 de Janeiro de 2012
Toda a conferência de imprensa tem por objectivo dar a conhecer informações precisas sobre um assunto determinado. Resta por definir o que entendemos por “precisas”, “informação”, “dar”, "conhecer", “determinado” e “objectivo”. Mais precisamente : com que objectivo um sujeito determinado dá informações?
com William Nadylam
Texto e Encenação de Alvaro García de Zúñiga
Imagem cénica de João Louro
Produção Teatro Nacional de São João (2007)
Reposição 12|01|12 no Teatro Municipal de São Luiz
FACTS ARE THE ENEMY OF TRUTH
Grandes amigos meus trouxeram-me de uma viagem um livrinho de anotações que tinha na sua capa, em inglês, a frase de Cervantes. “Los hechos son el enemigo de la verdad”... tal vez nada seja mas oportuno para descrever a essência desta Conferência de Imprensa que hoje retomamos quatro anos depois da sua criação no TNSJ de Porto e a menos de duas semanas de retomar as nossas leituras de Dom Quixote neste mesmo Teatro São Luiz.
Trata-se, no início, de um exercício sobre a forma da utilização da palavra pelo poder. Pelos poderosos. Trata-se de palavras planas, como bem diz o João Louro na sua leitura atenta e sensível da peça; uma ideia claramente patente no magnífico cenário que realizou, no qual podemos “ler” um muito latino estendal de roupa que foi suja, e que, já lavada, apresenta-se-nos numa forma mais saxónica, que hoje associamos mais ao poder.
Também se trata de um exercício de teatro, como todos os meus textos dramatúrgicos: a personagem que representa William Nadylam – um actor perfeito, como verão dentro de instantes – é um perfeito actor. Um actor – político, ou empresarial sem falhas que, talvez vazio de todo conteúdo, só representa ou se auto-representa, automático e autómata, para poder manter-se vivo. E se possível no poder. Controlando a situação. Por incontrolável que esta seja.
Sobre a peça "Conferência de Imprensa":
Em 2011 :
em Fragmentos de Carlos Alberto Augusto
Em 2007:
"Música de elevador da política" por António M. Feijó
"Um mundo plano e sem relevo" por João Louro
"Palavras, William, apenas palavras" entrevista de João Luís Pereira a Alvaro García de Zúñiga
Estreou no dia 6 de Dezembro de 2007 - Festival Portogofone | TNSJ. Claustros do Mosteiro de S.Bento da Vitória, Porto. Retomou na sala experimental do Teatro Municipal de Almada, dias 14, 15 e 16 de dezembro.
Excertos de Conferência de Imprensa na RTP
Excertos de Conferência de Imprensa na SIC
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Texto e encenação
Tradução
José Gabriel Flores / Inglês
Teresa Albuquerque / Português
Espaço cénico
Desenho de luz
Emanuel Pina
Fotografia e Vídeo
João Tuna
Som
José Fernando Almeida
João Oliveira
interpretação
com
Produção