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+ | <center>'''Peças de Alvaro García de Zúñiga''' | ||
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Lamentavelmente – hélas e ohimé – após meses e meses de escrita, ensaios, reescritas, discussões e gravíssimas discussões sobre o conteúdo da peça Théâtre Impossible – e sobre a própria questão de saber se a peça tem (algum conteúdo), qualquer que seja, o que não é de todo evidente – a equipa acabou por chegar à conclusão de que é absolutamente impossível encenar “Théâtre Impossible” ao contrário do anunciado. | Lamentavelmente – hélas e ohimé – após meses e meses de escrita, ensaios, reescritas, discussões e gravíssimas discussões sobre o conteúdo da peça Théâtre Impossible – e sobre a própria questão de saber se a peça tem (algum conteúdo), qualquer que seja, o que não é de todo evidente – a equipa acabou por chegar à conclusão de que é absolutamente impossível encenar “Théâtre Impossible” ao contrário do anunciado. | ||
Esta impossibilidade paradoxal, mais do que uma pedra no sapato, cai como uma luva, ou melhor ainda como retórica na língua, permitindo-nos contra todas as expectativas apresentar nas datas previstas, um sapato, uma mão e uma língua. Já é qualquer coisa. | Esta impossibilidade paradoxal, mais do que uma pedra no sapato, cai como uma luva, ou melhor ainda como retórica na língua, permitindo-nos contra todas as expectativas apresentar nas datas previstas, um sapato, uma mão e uma língua. Já é qualquer coisa. | ||
− | (estreado no ACARTE, em Novembro 1998, tradução de Dóris Graça Dias, com | + | (estreado no ACARTE, em Novembro 1998, tradução de [[Dóris Graça Dias]], com [[Leopold von Verschuer]] e [[Alínea B. Issilva]] Cenografia e figurinos [[João Tabarra]] e Fabiana Vercelletto. Som Miso Estúdio) |
Revisão das 10h34min de 14 de Maio de 2007
Lamentavelmente – hélas e ohimé – após meses e meses de escrita, ensaios, reescritas, discussões e gravíssimas discussões sobre o conteúdo da peça Théâtre Impossible – e sobre a própria questão de saber se a peça tem (algum conteúdo), qualquer que seja, o que não é de todo evidente – a equipa acabou por chegar à conclusão de que é absolutamente impossível encenar “Théâtre Impossible” ao contrário do anunciado. Esta impossibilidade paradoxal, mais do que uma pedra no sapato, cai como uma luva, ou melhor ainda como retórica na língua, permitindo-nos contra todas as expectativas apresentar nas datas previstas, um sapato, uma mão e uma língua. Já é qualquer coisa.
(estreado no ACARTE, em Novembro 1998, tradução de Dóris Graça Dias, com Leopold von Verschuer e Alínea B. Issilva Cenografia e figurinos João Tabarra e Fabiana Vercelletto. Som Miso Estúdio)