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'''[[Manuel]]''' apresenta-se : meio-homem – meio-manual de instruções como uma interrogação insistente sobre a vida e sobre a espécie que somos sobre terra.  Espécie falante é à linguagem e à percepção que Manuel se ataca.
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'''[[Manuel]]''' apresenta-se : meio-homem – meio-manual de instruções, como uma interrogação insistente sobre a vida e sobre a espécie que somos sobre terra.  Espécie falante é à linguagem e à percepção que Manuel se ataca.
 
E fá-lo a um tal ponto tal que isso parece mesmo tornar-se universal, à nossa escala, claro está, que é pequena e global ao mesmo tempo.
 
E fá-lo a um tal ponto tal que isso parece mesmo tornar-se universal, à nossa escala, claro está, que é pequena e global ao mesmo tempo.
 
Assim Manuel/Manual é um formato, a música é a sua tela de fundo e a partir daí declina-se sem fim. À procura de sentido? de sons? A questão do sentido é que está em toda a parte, inevitável, armadilha ontológica na qual não conseguimos deixar de cair ! E então Manuel/al volta a erguer-se, forte de novos sentidos que se espelham... ao infinito? Pois era bom que algures isso pare, se fixe. Era bom que que universal e infinito se distinguissem por fim. Esse parece ser o combate de Manuel-moinho de palavras – D. Quixote da aurora do século XXI, arauto de tempos passados e precursor de um tempo futuro. Mas é no som que Manuel se detém alguns instantes. É no som que encontra as forças para continuar; e nós com ele, que o acompanhamos desde há séculos nessas provas formidáveis de paixão, piscares de olhos, ironia, generosidade, sabedoria, loucura, que as palavras mal d'escrevem...
 
Assim Manuel/Manual é um formato, a música é a sua tela de fundo e a partir daí declina-se sem fim. À procura de sentido? de sons? A questão do sentido é que está em toda a parte, inevitável, armadilha ontológica na qual não conseguimos deixar de cair ! E então Manuel/al volta a erguer-se, forte de novos sentidos que se espelham... ao infinito? Pois era bom que algures isso pare, se fixe. Era bom que que universal e infinito se distinguissem por fim. Esse parece ser o combate de Manuel-moinho de palavras – D. Quixote da aurora do século XXI, arauto de tempos passados e precursor de um tempo futuro. Mas é no som que Manuel se detém alguns instantes. É no som que encontra as forças para continuar; e nós com ele, que o acompanhamos desde há séculos nessas provas formidáveis de paixão, piscares de olhos, ironia, generosidade, sabedoria, loucura, que as palavras mal d'escrevem...
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Como todos os Manuais, este Manuel de instruções é multilingue na sua tentativa de entender o mundo através do que lê e o que lê através do mundo. À medida em que evolui vai tentando estabelecer pontes entre todos os "aquis" e todos os "agoras", entre todas as línguas e formas de expressão.  
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Como todos os Manuais, este manual de instruções sobre cena é multilingue na sua tentativa de entender o mundo através do que lê e o que lê através do mundo. À medida em que evolui vai tentando estabelecer pontes entre todos os "aquis" e todos os "agoras", entre todas as línguas e formas de expressão. Manuel, em trânsito, é trans-cultural e trans-disciplinar.
  
  
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O resultado destas performances pode portanto ser muito variado consoante os participantes e o seu número – até hoje "Manuel sobre Cena" foi representado por entre 2 e 23 intérpretes de cerca de 20 nacionalidades diferentes – ; segundo as "disciplinas" implicadas : teatro, música, artes plásticas, arte acústica, vídeo ; segundo o número de línguas faladas, a local sendo no entanto privilegiada, e também segundo os convidados especiais que se juntam a "Manuel".
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O resultado destas performances pode portanto ser muito variado consoante os participantes e o seu número – até hoje "Manuel em cena" foi representado por entre 2 e 23 intérpretes de cerca de 20 nacionalidades diferentes – ; segundo as "disciplinas" implicadas : teatro, música, artes plásticas, arte acústica, vídeo ; segundo o número de línguas faladas, a local sendo no entanto privilegiada, e também segundo os convidados especiais que se juntam a "Manuel".
  
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Maintenant '''Manuel''' avance à 12. Nombre idéal pour la diversité de langues et de personnalités sur scène:
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[[Alínea Berlitz Issilva]],[[Wénic Dominique Pierre Béaruné]], [[Arnaud Churin]], [[Rocco Giordano]], [[Daniel Kientzy]], [[Millaray Lobos]], [[Emanuela Pace]], [[Dominique Parent]], [[Myrto Procopiou]], [[Guillaume Rannou]], [[Yves Rousguisto]], [[Leopold von Verschuer]]
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Wénic Dominique Pierre Béaruné, [[Alínea Berlitz Issilva]], Luciana Botelho,[[Arnaud Churin]], Hindol Deb, Silke Geertz, Rocco Giordano, Zakaryias Gouram, [[Daniel Kientzy]], Felhyt Kimbirima, Johanna Korthal Altes, Marie Kraft, [[Millaray Lobos]], Emma Morin, [[Yumi Nara]], [[Emanuela Pace]], [[Dominique Parent]], Nira Pereg, [[Eric Pessan]], Sophie Plattner, Denis Pourawa, [[Myrto Procopiou]], [[Guillaume Rannou]], [[Yves Rousguisto]], Nicolas Struve, [[Leopold von Verschuer]], Liu Yan ...
  
  
Mise en Scène : [[Arnaud Churin]] et [[Alvaro García de Zúñiga]]
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Encenação : [[Arnaud Churin]] e [[Alvaro García de Zúñiga]]
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'''Manuel Lasuite # Temps >< Espace '''
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'''Manuel Lasuite # Tempo >< Espaço '''
  
  
'''Manuel sur Scène''' est une pièce de théâtre "light", une "forme légère". Les performances se préparent en grande partie sur place en 8 jours de travail, voire moins.
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'''Manuel em cena''' é uma peça "light", uma "forma ligeira" que alia a uma lógica teatral um espírito de concertista de música clássica. As performances preparam-se em grande medida no local da representação em 8 dias de trabalho.
  
  
Aucun décor n'est nécessaire, juste le même nombre de pupitres que d'interprètes.  
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Nenhum cenário, apenas o mesmo número de estantes (porta-partituras) que intérpretes.  
  
  
'''Manuel''' cherchera à tirer partie de ce qu'il trouvera. Chaque performance devenant unique et originale.
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'''Manuel''' tirará partido do que encontrar. Reinventando-se a cada performance.
  
  
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'''manuel du manuel # description'''
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'''manual do manuel # descrição'''
  
  
 
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Nous sommes en tenues de soirée, en tenues de concert classique. Devant nous il y a autant de pupitres que de personnes. Chacun exécute sa partition…
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Estamos todos vestidos de escuro, como os instrumentistas num concerto de música clássica. A nossa frente há tantas estantes como pessoas. Cada um executa a sua partitura...  
  
  
Cette « chorale », va tenter de « Comprendre la réalité à travers les livres et vice versa, les livres à travers la réalité et vice vice à travers la réalité la réalité et versa versa à travers les livres les livres » (extrait).
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Este "coro", vai tentar "Compreender a realidade através dos livros e vice versa, os livros através da realidade e vice vice através da realidade a realidade e versa versa através dos livros os livros" (excerto da partitura de "[[Manuel]]").
  
  
 
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Par une écriture dynamique et quelques fois musicale le texte s’entend par contraste. Au milieu de la bouillie du mode d’emploi qui sonne comme un message publicitaire, quelques bribes de sens commencent à se faire entendre.  
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Por via de uma escrita dinâmica e por vezes musical o texto ouve-se por contraste. No meio da papa do manual de instruções que soa como uma mensagem publicitária, alguns farrapos de sentido començam a fazer-se ouvir. Os espectadores que viram uma apresentação das nossas experiências dizem-nos que entraram numa loucura em que se reconhecem. Há em cada um de nós esta vontade de compreender que é reenviada à opacidade do mundo. Para além disso o dispositivo, entre concerto e peça de teatro cria um momento aberto sem verdadeira conclusão formal.
Les spectateurs qui ont vu une présentation de nos expériences nous disent qu’ils sont rentrés dans une folie qu’ils reconnaissent. Il y a en chacun d’entre nous cette volonté de comprendre qui est renvoyée à l’opacité du monde. De plus le dispositif, entre concert et pièce de théâtre crée un moment ouvert, sans véritable clôture formelle.
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A cada representação, segundo os diferentes programas, [[Manuel]] incarna-se cada vez mais, um dos intérpretes representa-o mais particularmente, procura essa compreensão do todo, as línguas, os objectos, as indicações que deve seguir. Dissolve-se nesse labirinto de sentido em que mesmo a sua biografia é polifónica, reduz-se e acaba por falar em hieróglifos....
  
Au fur et à mesure de la représentation, suivant les différents programmes,  Manuel s’incarne de plus en plus, un des interprètes le joue plus particulièrement, il recherche toujours cette compréhension du tout, les langues, les objets, les consignes auxquelles il devrait se conformer. Il se dissout dans ce labyrinthe de sens ou même sa biographie est polyphonique, il se dessèche et fini par parler en hiéroglyphes….
 
  
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[[Alvaro García de Zúñiga]] através da sua escrita tão singular obriga os intérpretes, os espectadores a inventar.
  
[[Alvaro García de Zúñiga]] de par son écriture si singulière oblige les interprètes, les spectateurs à inventer.
 
  
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Somos muito mais cosmopolitas do que pensamos, reconhecemos as línguas e caminhamos na floresta de todos os sons de todas as línguas... e o sentido surge como o entrelaçar do sensual e do sensato.
  
Nous sommes beaucoup plus cosmopolites que nous le pensons, nous reconnaissons les langues et cheminons dans la forêt de  tous les sons de toutes les langues…et le sens se dégage comme un enchevêtrement du sensuel et du sensé.
 
  
 
[[Arnaud Churin|Manuel-Arnaud Churin]]
 
[[Arnaud Churin|Manuel-Arnaud Churin]]
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voir aussi :
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ver também :
  
[[image:zoom.jpg|20dpx]] ''[[Manuel sur Scène parte 2|A propos de Manuel sur Scène]]'' par [[Alvaro García de Zúñiga|AGZ]],  
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[[image:zoom.jpg|20dpx]] ''[[Manuel sur Scene parte 5|A propósito de Manuel em cena]]'' por [[Alvaro García de Zúñiga|AGZ]],  
  
[[image:zoom.jpg|20dpx]] '''[[Manuel sur Scene parte 7|Manuel à la Maison de la Poésie, ou Manuel de poésie-maison]] ''' &
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[[image:zoom.jpg|20dpx]] '''[http://blablalab.net/fr/index.php?title=Manuel_sur_Scene_parte_2 Manuel na Casa da Poesia, ou Manuel de poesia-caseira] ''' &
  
 
[[image:zoom.jpg|20dpx]] '''[[MMIX]]'''  
 
[[image:zoom.jpg|20dpx]] '''[[MMIX]]'''  

Edição actual desde as 11h58min de 3 de Março de 2010



Active intellect.gif


Manuel em cena
de Alvaro García de Zúñiga
peça multilíngue de geometria variável


Lasuite : Manuel em trânsito...



Manuel apresenta-se : meio-homem – meio-manual de instruções, como uma interrogação insistente sobre a vida e sobre a espécie que somos sobre terra. Espécie falante é à linguagem e à percepção que Manuel se ataca. E fá-lo a um tal ponto tal que isso parece mesmo tornar-se universal, à nossa escala, claro está, que é pequena e global ao mesmo tempo. Assim Manuel/Manual é um formato, a música é a sua tela de fundo e a partir daí declina-se sem fim. À procura de sentido? de sons? A questão do sentido é que está em toda a parte, inevitável, armadilha ontológica na qual não conseguimos deixar de cair ! E então Manuel/al volta a erguer-se, forte de novos sentidos que se espelham... ao infinito? Pois era bom que algures isso pare, se fixe. Era bom que que universal e infinito se distinguissem por fim. Esse parece ser o combate de Manuel-moinho de palavras – D. Quixote da aurora do século XXI, arauto de tempos passados e precursor de um tempo futuro. Mas é no som que Manuel se detém alguns instantes. É no som que encontra as forças para continuar; e nós com ele, que o acompanhamos desde há séculos nessas provas formidáveis de paixão, piscares de olhos, ironia, generosidade, sabedoria, loucura, que as palavras mal d'escrevem...


Agitateurs et Photo d'Yves Rousguisto


Como todos os Manuais, este manual de instruções sobre cena é multilingue na sua tentativa de entender o mundo através do que lê e o que lê através do mundo. À medida em que evolui vai tentando estabelecer pontes entre todos os "aquis" e todos os "agoras", entre todas as línguas e formas de expressão. Manuel, em trânsito, é trans-cultural e trans-disciplinar.


Manuel tem um texto de base que é a "partitura" da peça acústica radiofónica Manuel. Nesta partitura misturam-se excertos de um grande número de manuais de instrução com o manual do próprio Manuel, textos de Alvaro García de Zúñiga e outros textos seleccionados por ele. O material de base é vasto e maleável permitindo elaborar a cada apresentação "Manueis" adaptados às circunstâncias que se apresentam.


O resultado destas performances pode portanto ser muito variado consoante os participantes e o seu número – até hoje "Manuel em cena" foi representado por entre 2 e 23 intérpretes de cerca de 20 nacionalidades diferentes – ; segundo as "disciplinas" implicadas : teatro, música, artes plásticas, arte acústica, vídeo ; segundo o número de línguas faladas, a local sendo no entanto privilegiada, e também segundo os convidados especiais que se juntam a "Manuel".



20dpx Manuel é um estaleiro. Um work in progress, um monte de tralha. por Manuel-Arnaud Churin

20dpx Já manuelizados



Manuel Lasuite


De entre :

Wénic Dominique Pierre Béaruné, Alínea Berlitz Issilva, Luciana Botelho,Arnaud Churin, Hindol Deb, Silke Geertz, Rocco Giordano, Zakaryias Gouram, Daniel Kientzy, Felhyt Kimbirima, Johanna Korthal Altes, Marie Kraft, Millaray Lobos, Emma Morin, Yumi Nara, Emanuela Pace, Dominique Parent, Nira Pereg, Eric Pessan, Sophie Plattner, Denis Pourawa, Myrto Procopiou, Guillaume Rannou, Yves Rousguisto, Nicolas Struve, Leopold von Verschuer, Liu Yan ...


Encenação : Arnaud Churin e Alvaro García de Zúñiga


20dpx ver The "M" Team


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Manuel Lasuite # Tempo >< Espaço


Manuel em cena é uma peça "light", uma "forma ligeira" que alia a uma lógica teatral um espírito de concertista de música clássica. As performances preparam-se em grande medida no local da representação em 8 dias de trabalho.


Nenhum cenário, apenas o mesmo número de estantes (porta-partituras) que intérpretes.


Manuel tirará partido do que encontrar. Reinventando-se a cada performance.



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manual do manuel # descrição


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Estamos todos vestidos de escuro, como os instrumentistas num concerto de música clássica. A nossa frente há tantas estantes como pessoas. Cada um executa a sua partitura...


Este "coro", vai tentar "Compreender a realidade através dos livros e vice versa, os livros através da realidade e vice vice através da realidade a realidade e versa versa através dos livros os livros" (excerto da partitura de "Manuel").


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Por via de uma escrita dinâmica e por vezes musical o texto ouve-se por contraste. No meio da papa do manual de instruções que soa como uma mensagem publicitária, alguns farrapos de sentido començam a fazer-se ouvir. Os espectadores que viram uma apresentação das nossas experiências dizem-nos que entraram numa loucura em que se reconhecem. Há em cada um de nós esta vontade de compreender que é reenviada à opacidade do mundo. Para além disso o dispositivo, entre concerto e peça de teatro cria um momento aberto sem verdadeira conclusão formal.


A cada representação, segundo os diferentes programas, Manuel incarna-se cada vez mais, um dos intérpretes representa-o mais particularmente, procura essa compreensão do todo, as línguas, os objectos, as indicações que deve seguir. Dissolve-se nesse labirinto de sentido em que mesmo a sua biografia é polifónica, reduz-se e acaba por falar em hieróglifos....


Alvaro García de Zúñiga através da sua escrita tão singular obriga os intérpretes, os espectadores a inventar.


Somos muito mais cosmopolitas do que pensamos, reconhecemos as línguas e caminhamos na floresta de todos os sons de todas as línguas... e o sentido surge como o entrelaçar do sensual e do sensato.


Manuel-Arnaud Churin


Daniel Kientzy, agitateurs et photo d'Yves Rousguisto


Sharingsimilar.gif


ver também :

20dpx A propósito de Manuel em cena por AGZ,

20dpx Manuel na Casa da Poesia, ou Manuel de poesia-caseira &

20dpx MMIX


Manuel sur Scène

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