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'''Sessão 31 - Terça 19 de Março 2013'''  
 
'''Sessão 31 - Terça 19 de Março 2013'''  
  
Convidados : '''[http://www.josetavares.eu/ José Tavares]''' e a equipa de '''[http://www.teatrosaoluiz.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=329/ A visita da Velha Senhora] (em palco até 27 de Março no São Luiz Teatro Municipal'''
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Convidados : - O economista '''[http://www.josetavares.eu/ José Tavares]'''  
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- A equipa de '''[http://www.teatrosaoluiz.pt/catalogo/detalhes_produto.php?id=329/ A visita da Velha Senhora] (em palco até 27 de Março no São Luiz Teatro Municipal'''
  
  

Revisão das 00h04min de 14 de Março de 2013


Continuamos a começar o 2º Livro !!!


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Um projecto do São Luiz Teatro Municipal

comissariado por Alvaro García de Zúñiga


Sessão 31 - Terça 19 de Março 2013

Convidados : - O economista José Tavares

- A equipa de A visita da Velha Senhora (em palco até 27 de Março no São Luiz Teatro Municipal


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Leitura dos capítulos 2, 3 e 4 da "Segunda Parte do Ingenioso Cavaleiro Dom Quixote de la Mancha"


Dos três capítulos que vamos ler na próxima sessão – baseados fundamentalmente nos colóquios e razões de Dom Quixote, Sancho e o acabadinho de chegar bacharel Sansão Carrasco –, diz Ricardo Senabre, e com razão, que têm uma grande unidade.


Com efeito, os capítulos 2, 3 e 4 decorrem no mesmo lugar – a casa do fidalgo Alonso Quijana, (ou seja qual for o seu nome) –, e tratam exclusivamente das conversas dos três personagens. Essas conversas consistem, fundamentalmente, numa espécie de olhar para atrás, num “racconto” dos episódios e aventuras narradas na Primeira Parte que se faz por intermédio de evocações subjectivas – «juntos salimos, juntos fuimos y juntos peregrinamos», «si a ti te mantearon una vez, a mí me han molido ciento» etc. – às que se irão somar depois as opiniões dos vizinhos, dando espaço às mais diversas perspectivas, e finalmente, através da noticia de que já circulava “em livros” a história, dá-se conta desde mais outro ponto de vista dos feitos que ocorreram na Primeira Parte.


Mas o mais importante desta forma de escrever é que permite a Cervantes desenvolver uma narrativa complexíssima e extraordinária que não parece ter comparação em toda a história da literatura. Ao incluir a Primeira Parte do Quixote (1605) como um dos elementos do relato desta Segunda, o leque de possibilidades narrativas passa a ser ilimitado. Por um lado os protagonistas da história vêm-se a si mesmos transformados em personagens, o que lhes dá a oportunidade de opinar e até de “corrigir inexatidões” naquilo que foi registado pelo autor (o que, por conseguinte, também deixa no ar a dúvida sobre a veracidade do que vamos lendo), criando, em certo modo, uma nova “inter-independência” na relação personagem – autor. Cervantes nem sequer deixa de lado outros aspectos relacionados com outros detalhes e assuntos, como podem ser a oportunidade ou não de inserir a novela do Curioso Impertinente no relato, ou resolver um erro editorial voltando a falar-nos do problema do roubo do jumento de Sancho. E ao falar-se do recebimento que teve o livro da Primeira Parte, claro, toca-se em temas como o sucesso, a crítica, e até a diferença entre história real e ficção, e isto justamente ao mesmo tempo em que somos confrontados com o que é “escrito” e o que é “vivido”. A existência do livro da Primeira Parte modificará o modo de ver de muitos daqueles que se vão cruzar no caminho do nosso já famoso cavaleiro, pré-condicionando as suas atitudes e comportamentos. Mas a inusitada audácia de Cervantes que introduz a própria ficção na ficção não vai deixar tão cedo de nos surpreender.



AGZ


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links úteis :

CAPÍTULO II

CAPÍTULO III

CAPÍTULO IV


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Sessões anteriores

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