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− | '''Leitura dos capítulos 15, 16 e 17''' | + | '''Leitura dos capítulos 15, 16 e 17''' (Yangüeses – na Venta – Maritornes – Bálsamo – Sancho manteado) |
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Revisão das 10h01min de 1 de Março de 2012
Um projecto do Teatro de São Luiz
comissariado por Alvaro García de Zúñiga e Teresa Albuquerque
Sessão 10 – 13 Março, 21:00
Tema : o quotidiano na Época de DQ – O humor.
Capítulo XV : Donde se cuenta la desgraciada aventura que se topó don Quijote en topar con unos desalmados yangüeses - 16'
Capítulo XVI : De lo que le sucedió al ingenioso hidalgo en la venta que él se imaginaba ser castillo - 16'
Capítulo XVII : Donde se prosiguen los innumerables trabajos que el bravo don Quijote y su buen escudero Sancho Panza pasaron, etc. - 19'
Os capítulos que vamos ler na próxima sessão abrem a terceira parte do primeiro livro de Dom Quixote. Aparecem após um singular momento de elevação moral e filosófica iniciado com o célebre "Discurso da idade do ouro", no capítulo XI, e rematado com o surpreendente discurso de Marcela, apologista do amor puro e da liberdade da mulher, no capítlo XIV, e que fecha a segunda parte do primeiro livro. À boa maneira cervantina os capítulos seguintes oferecem-nos um contraste cru e cómico através de uma série de sucessos marcados pelo amor carnal e pelo grotesco num contexto desprovido de qualquer sofisticação. Entre o impulso incontrolável de Rocinante atraído por umas éguas que pastavam num campo e as personagens que encontramos na venta – que mais uma vez D. Quixote confunde com um castelo – estamos muito longe de Grisóstomo, licenciado em Salamanca, Marcela, a herdeira rica que decidiu viver como pastora, ou dos modos elegantes e educados de Vivaldo.
A diferença no espírito e na forma destes capítulos talvez venha do facto de, como explica o narrador, estas aventuras não terem por fonte os manuscritos de Cid Hamete Bengali. As mesmas personagens e as mesmas aventuras contadas por pessoas diferentes podem resultar em histórias diferentes. Talvez seja isso que Cervantes nos quer mostrar ao inventar diferentes fontes para contar a sua história.
Em paralelo dá-nos mais uma vez mostra do virtuosismo com que maneja a língua, moldando-a aos ambientes, níveis sociais e perspectivas que se vão desenrolando ao longo do livro conduzidas pelo nosso destrambelhado cavaleiro e os seu fiel Sancho Pança.
Leitura dos capítulos 15, 16 e 17 (Yangüeses – na Venta – Maritornes – Bálsamo – Sancho manteado)
Leitores : José Luís Ferreira & Alínea B. Issilva, participantes inscritos e outros voluntários.
Comentários e conversa com o público
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